Hoje, meus amigos leitores, iremos falar sobre a Persistência Retiniana. Persistência Retiniana ou Persistência da Visão refere-se à ilusão de ótica em que várias imagens distintas unem-se numa única imagem na mente humana. Por outras palavras, é a Capacidade que a retina possui para reter a imagem de um objeto por cerca de alguns segundos após o seu desaparecimento do campo de visão, ou seja, é a fração de segundo em que a imagem permanece na retina. E acredita-se que essa é a explicação para a perceção do movimento no cinema. Como outras ilusões de perceção visual, que é produzida por algumas das características do sistema visual.
O olho é um órgão do nosso corpo extremamente complexo. É uma estrutura desenvolvida com a função de receber as imagens com a melhor qualidade possível. Pode ser comparado a uma câmara fotográfica. Pois é constituído por mecanismos que consegue focar objetos e controlar a quantidade de luz, produzindo uma imagem nítida.
Quando observamos um objeto, paisagem ou pessoa essa imagem atravessa em primeiro lugar a córnea, uma película transparente que protege o olho. Depois chega à íris, aquela que regula a quantidade de luz por meio de uma abertura chamada pupila. Quanto maior for a pupila maior será a quantidade de luz que entra no olho. Quando imagem já passou pela pupila ela chega a uma espécie de lente chamada de cristalino, e é focada sobre a retina. Essa lente produz uma imagem invertida mas o cérebro converte-a para a posição correta.
O conceito de persistência retiniana é conhecido desde o Antigo Egito, mas só a 9 de Dezembro de 1824, o médico inglês Peter Mark Roget apresentou um artigo à Sociedade Real Britânica intitulado “Explanation of an optical deception in the appearance of the spokes of a wheel when seen through vertical apertures” (Explicação de uma ilusão ótica no aparecimento dos raios de uma roda, quando vista através de aberturas verticais).
Esta teoria deu origem a vários dispositivos de reprodução de imagens em movimento, como o Taumatrópio, o Praxinoscópio, o Zootrópio, Fenacistoscópio e o mais popular deles – o flipbook. Além do próprio Kinetoscópio de Edison e o Cinematógrafo dos irmãos Lumière. Sendo este último considerado o marco inicial da história do cinema. Mas sobre todos eles irei falar melhor num próximo post, bem como o contributo deles para o cinema que hoje conhecemos.